Seja por hobby, paixão ou mesmo negócios, o antigomobilismo é uma prática que cresceu muito no Brasil, sendo a conhecida placa preta um verdadeiro troféu para as pessoas que têm na garagem um carro antigo.
Da mesma forma que veículos diplomáticos têm placa azul e táxis têm placa vermelha, os carros de coleção têm em suas placas pretas um marco, um símbolo que atesta que ele está em ótimas condições e mantém sua originalidade, valorizando muito o carro.
A placa preta é um verdadeiro sonho para todo colecionador de automóveis, tendo o nome formal de Placa de Veículos de Coleção. Ela foi criada em 1998 com regras bem rígidas para sua obtenção, afinal, o carro deve atender a diversos requisitos antes de conseguir a placa preta. Porém, com a chegada da nova placa padrão Mercosul as placas pretas ganharam alterações em seu design que desagradaram alguns colecionadores.
Mas o que mudou?
Grande orgulho dos proprietários de veículos antigos, a placa preta teve seu design completamente transformado com a chegada e implantação das placas veiculares padrão Mercosul. Com o início deste modelo, os veículos de coleção perderam a licença da cor preta e a chapa passou a usar caracteres em tom de cinza sobre um fundo branco. Esta alteração obviamente não agradou muitos dos colecionadores, pois dificultou a identificação desses veículos clássicos. Foi então que os antigomobilistas se juntaram para reivindicar a volta do design das placas pretas e foram atendidos. Este ano ainda os carros antigos voltarão a ostentar a icônica placa preta.
O novo modelo da placa preta
A primeira coisa que devemos esclarecer é que a placa para os carros antigos voltou sim a ser na cor preta, mas vai seguir o padrão Mercosul, com quatro letras, três números e tarja superior em azul, além das demais especificidades. Entendida esta parte, vale a explicação dessa volta. É que o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) aprovou no dia 13 de dezembro de 2021 a resolução 887/21, que regulamentou a volta da placa com fundo preto e letras brancas. Apesar disso, os emplacamentos de veículos antigos com o novo padrão da placa preta iniciarão somente a partir de 1º de junho de 2022. E puxando o próximo assunto, temos que dizer que tais mudanças são somente estéticas e a substituição não é obrigatória. Assim, as regras para obtenção da placa preta seguem as mesmas.
Como conseguir a placa preta?
Existem algumas características que são necessárias para as pessoas que desejam tornar seu veículo um objeto de colecionador. A primeira regra para a licença de placa preta é que os veículos tenham no mínimo 30 anos de fabricação. Outro ponto fundamental diz respeito ao alto grau de originalidade, com objetivo de preservar os carros antigos de intervenções que possam comprometer suas características e, consequentemente, o valor histórico. Veja abaixo o que diz o texto:
“São considerados veículos de coleção aqueles que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:I – ter sido fabricado há mais de trinta anos.II – conservar suas características originais de fabricação;III – integrar uma coleção;IV – apresentar Certificado de Originalidade, reconhecido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).”
Mas quais os pontos a serem considerados para garantir as características originais preservadas? Bem, já que a maioria das peças de veículos antigos não são mais fabricadas é preciso que, no mínimo, 70% de suas características originais estejam em bom estado de conservação.
Assim, o veículo deve seguir os seguintes critérios:
- Pintura: deve seguir o padrão da época e estar bem conservada. Não são aceitas cores diferentes das originais, como pinturas camaleão, perolizadas, entre outras
- Interior: muito próximo do original. Não são aceitos outros materiais que não sejam os originais e que possuam costuras e desenhos não condizentes com os originais
- Rodas: exigência que sejam as originais de fábrica
- Reparos: em caso de restaurações, o acabamento não pode ser feito com massa plástica
Além destes itens citados, outros como rodas, motor e objetos do interior não podem ter sofrido grandes alterações, assim como é essencial que todos os elementos do carro estejam em bom estado. É importante ressaltar que qualquer veículo emplacado que atenda a essas exigências pode receber a chapa de coleção. Ou seja, não só os carros, mas também motos, ônibus e até caminhões podem ter as suas placas pretas. Quem tiver este interesse deve procurar um clube de antigomobilismo credenciado ao DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) e agendar uma vistoria. Em caso de aprovação do veículo, será emitido um Certificado de Originalidade, o documento necessário para ir até o órgão de trânsito local e efetuar o emplacamento.
O que pode reprovar a placa preta?
Além do que já foi explicado sobre as modificações profundas na originalidade do veículo, o rebaixamento do conjunto da suspensão, alteração na motorização, rodas diferenciadas ou componentes da cabine que tirem a raridade do veículo não são aceitas. Bem como as réplicas, que não são certificadas com placa preta.
Existem vantagens em obter a placa preta no veículo?
Além das razões sentimentais e de conquista, um veículo de coleção identificado com a placa preta se valoriza economicamente, pois gera autenticidade. Sem dizer que, em alguns estados, é possível conseguir isenção do pagamento do IPVA.
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